O que é Síndrome Dolorosa Regional Complexa?
Desde 1994, a distrofia simpático reflexa e outros termos como causalgia, algodistrofia ou atrofia de Sudeck recebem o nome de Síndrome Dolorosa Regional Complexa (SDRC). Nessa síndrome ocorre uma reação desproporcional de dor e inflamação no nosso organismo após um trauma, lesão ou cirurgia.
Há dois tipos de SDRC: tipo I (antiga distrofia simpático reflexa) e tipo II (anteriormente chamada causalgia). O que diferencia uma da outra é a presença ou não de uma lesão de nervos. A lesão nervosa está presente na SDRC tipo II e não está presente na SDRC tipo I. A SDRC tipo I é a mais comum (90% das vezes). Nesse caso, não há uma lesão diretamente nos nervos do membro afetado e sim os tecidos moles ou ossos.
O que causa Síndrome Dolorosa Regional Complexa?
Há muitos estudos recentes sobre a SDRC, mas o porquê dela se desenvolver ainda não é completamente compreendido. O sistema nervoso simpático também parece estar envolvido na origem dessa resposta aumentada e por isso esse nome de “simpático reflexa”.
Quais os sintomas da Síndrome Dolorosa Regional Complexa?
Os componentes dessa reação inflamatória exacerbada do organismo são: edema (inchaço), calor e vermelhidão local. Os sintomas se localizam geralmente na extremidade do membro afetado (por exemplo após fratura nos membros inferiores, pé, mão), mas também podem ocorrer no ombro, punho, joelhos.
A dor é desproporcional ao evento ou trauma inicial. O paciente apresenta dor em queimação ou também como se estivesse esmagando o membro. Além disso, nas fases iniciais ocorre limitação da movimentação devido à dor e ao inchaço. Além disso, mudanças de temperatura desencadeiam a dor.
Associadas à dor ocorrem alterações na temperatura e cor da pele e diminuição ou aumento do suor na região. O inchaço ou edema pode variar, mas geralmente é intenso nas fases iniciais. E, com o progredir da doença, ocorrem alterações na pele como perda de pelos e a pele e unhas vão ficando com um aspecto mais escuro e atrófico.
É importante frisar que a SDRC é progressiva. Por isso, quanto mais cedo se detectarem os sintomas maior é a possibilidade de cura. Cura? Exatamente, se detectada e tratada precocemente, com mobilização do membro e analgesia adequada é possível reverter todos os sintomas. Mas, infelizmente, o que vemos na prática é que é muito difícil se chegar em um diagnóstico precoce com menos de 3 meses de doença. E quanto maior o tempo de doença, mais difícil é o controle da dor.
Em breve mais textos sobre distrofia simpático reflexa ou SDRC. Fases da doença, múltiplos fatores que influenciam a dor crônica, fisioterapia, medicações, como se faz o diagnóstico, infiltrações, cirurgia (estimulação medular, bomba de morfina) e o que existe de mais novo na ciência sobre essa doença.
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